É comum se falar em outubro rosa, novembro azul etc para dedicar meses do ano aos cuidados com a saúde. Mas e a saúde financeira ?
Assim como a comilança de fim de ano, os gastos desta época (e também de outras ao longo do ano) trazem consequências para o início do ano seguinte. Neste texto, você vai ver formas simples para minimizar ou até mesmo evitar problemas financeiros ao começar o ano.
Saiba quanto existe (realmente) no caixa – Saldo em conta nem sempre reflete a real situação financeira. Isto porque, sem a devida organização, pode-se esquecer de despesas a vencer, como férias de funcionários ou prestações de financiamentos. Ou mesmo imprevistos.
Transforme a lembrança em hábito – A melhor forma de evitar “esquecer” de despesas é saber o que se espera gastar naquele mês, incluindo alguma reserva para imprevistos. Isto se consegue criando o hábito de registrar as despesas, o que traz uma boa noção de sua magnitude ao longo do ano. Exemplo: Conta de luz. No verão, temos mais bombas, ar- condicionado e sistemas de irrigação ligados. Saber o tamanho típico deste aumento, permite se preparar para esta época e, inclusive, suspeitar de aumentos anormais.
Nem tudo precisa ser para já – Um dos grandes benefícios do hábito de conhecer o perfil de despesas é poder planejá-las ao longo do ano, reservando montantes maiores para cada despesa quando for necessário. Assim é possível, por exemplo, agendar serviços como dedetização, manutenções preventivas e trocas de equipamentos, para épocas onde exista mais “folga financeira”, evitando que as despesas fiquem “encavaladas”, como se diz popularmente. Muitas vezes, esta é uma parte que pode demandar conhecimento, seja em áreas técnicas ou administrativas, como Contabilidade.
Cada gasto no seu “quadrado” – Aluguéis, salários e assinaturas são exemplos de custos fixos, altamente previsíveis. Estes devem ser os primeiros a entrar na calendarização de despesas e seu orçamento deve ser tratado à parte, já que são gastos certos de acontecer. Parcelamentos de dívidas conhecidas também podem (ou não, a depender da orientação do especialista) ser incluídos aí também. Já aqueles custos que variam conforme a demanda, necessitam de dados para um melhor planejamento. Novamente, vemos a importância do habito de conhecer nosso perfil de despesas. Mas aqui cabe um outro ponto que nem sempre é observado, e impacta diretamente sobre a percepção do quanto há realmente no caixa: Despesas trabalhistas e taxas / impostos anuais. Prever estas despesas e dilui-las na calendarização evita sustos e “reuniões” para discutir “como pagar as férias” dos funcionários, por exemplo. Deve haver também uma certa provisão para imprevistos, justamente para que não se use dinheiro do orçamento calendarizado para cobri-los. Isto é vital para manter a organização das contas e evitar surpresas, porque quando se trata as despesas como compartimentos independentes, sabe-se o quanto ainda há disponível para cada uma delas, sem precisar refazer as contas.
Conclusão – Terminar (e começar) o ano com dinheiro em caixa tem muito mais a ver com como enxergamos as despesas ao longo de todo o ano do que simplesmente arrecadar mais e
gastar menos. É muito mais uma questão de otimização e, principalmente, de organização, que precisa ser construída ao longo do tempo. Contar com ajuda profissional é decisivo nesta hora e pode trazer muita economia através da aplicação de boas práticas de gestão, organização e contabilidade.
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